No meu trabalho com desenvolvimento de pessoas, percebo algo que acontece com mais frequência do que parece: líderes que ainda não assumem o protagonismo.
Encontro profissionais experientes, responsáveis, comprometidos… mas que nem sempre escolhem ocupar o lugar de tomada de decisão de impacto — e de influência — que poderiam ocupar.
E antes de tudo, isso passa por um ponto essencial: sentir-se seguro, valorizar-se. De perceber e reconhecer em si, seu valor, seu conhecimento e capacidade para tal.
São pessoas em cargos de liderança que conduzem equipes, entregam resultados, fazem o que precisa ser feito — mas funcionam muito mais reagindo do que escolhendo. E quando isso acontece, a liderança perde força.
Protagonismo não é sobre assumir tudo, nem sobre controlar cada movimento. É sobre clareza, intenção e responsabilidade: assumir os motivos por trás das decisões, reconhecer seu papel de influência e impacto, e sustentar as escolhas de forma consciente.
Quando isso não acontece, as pessoas ao redor percebem. E, na verdade, as equipes não precisam de perfeição; precisam de direção e segurança. Quando um líder ocupa seu espaço com protagonismo, todos se fortalecem – inclusive aqueles que não tem um cargo de liderança, mas são protagonistas de sua própria história.
Assumir o protagonismo é um movimento interno, que pode até ser discreto, mas profundamente transformador. É quando a liderança deixa de ser um conjunto de tarefas e passa a ser uma postura — intencional, firme e humana.
Protagonismo não é sobre fazer mais. É sobre fazer com intenção



